domingo, 18 de dezembro de 2011

Nada sei, nada sou, nada tenho!!!

Só, sem família, sem amizades, sem projectos!... E sem entender: porque não há uma associação que seja, de voluntariado, que aceite os meus préstimos, por mais que os ofereça?!!!...:-(((

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Florbela Espanca - 117º Aniversário

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

Sou feita de solidão

(                                        )......

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sendo Só!

Viver é um privilégio, eu sei. E por mais que queira exaltar a minha gratidão por esta oportunidade, sinto que na maior parte do tempo, a minha vida tem sido uma pena pesada... Eis-me só! Derradeiramente só!!!... Como se faz um amigo??? É que, se alguma vez os tive, então, perdi-os todos e já não sei sair das quatro paredes do meu ser...

sábado, 26 de novembro de 2011

A noite

A noite densa adensa o meu coração. Cheio de nada, vazio de tudo. Só a solidão é presente. Tudo dói. Nada existe... Gostava de despir o manto...

sábado, 10 de setembro de 2011

Ser

Goradas as expectativas
Insatisfeitos os desejos
Perdidas as ilusões
Despidos os preconceitos...
A alma nua, despojada, vazia...
Cheia de Ser!!!
Amo-me, como te amo
Nem menos e nem mais...
Amo-te quanto me amo
Nesta essência de Ser
Nesta luminosidade
E nesta alegria,
Neste conforto
Do Lar em mim...
Neste prazer de estar comigo
Da mesma forma
Que estou contigo:
- Integralmente, Sou!...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Não importa o quanto vivi. Não importa se fui feliz, ou sequer o quanto sofri...
O importante é o que faço com o que então aprendi!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mais quero um asno que me carregue,
                      que cavalo que me derrube"
                                              Gil Vicente

domingo, 19 de junho de 2011

Quanto mais precisas para viver, mais tens de trabalhar e menos tempo tens para ti. O maior dos luxos é o tempo. O tempo é o meu maior património."
                                                                                                Miguel Esteves Cardoso
"A tua única obrigação
             durante toda a tua existência
       é seres verdadeiro
                        para contigo próprio."
                      
                                      Richard Bach  in "Ilusões"

sábado, 2 de abril de 2011

O silêncio

"Assim como do fundo da música
brota uma nota
que enquanto vibra cresce e se adelgaça
até que noutra música emudece,
brota do fundo do silêncio
outro silêncio, aguda torre, espada,
e sobe e cresce e nos suspende
e enquanto sobe caem
recordações, esperanças,
as pequenas mentiras e as grandes,
e queremos gritar e na garganta
o grito se desvanece:
desembocamos no silêncio
onde os silêncios se emudecem."

Octavio Paz

quarta-feira, 30 de março de 2011

A prática

Uma forma incrível de integrar a prática de meditação e da percepção em nossas vidas diárias é fazer uma coisa de cada vez. Entregar-se de forma integral ao que estiver fazendo no momento. Concentrando-se em um única tarefa. Quando estiver dirigindo, não escutar o rádio. Quando estiver escutando música, não ler ou comer. Ao comer, não assistir à televisão nem ler. Ao assistir televisão, não comer ou ler. Quando estiver andando, sentir o solo sob os pés. Ao comer sinta aquilo o que come e entre por inteiro em contato com as sensações e motivação que condicionam e dirigem o processo. Estar atento ao comer da mesma forma como se fica atento ao andar ou respirar. Respirar uma inspiração de cada vez, dar um passo de cada vez, uma mordida por vez. Vivenciar de maneira plena "apenas isto", o momento tal como ele é.

Há uma história de dois monges zen que se encontraram à beira de um rio. Eles logo verificaram que eram de monastérios vizinhos, e cada um mostra curiosidade quanto à natureza do mestre do outro. Um dos monges diz: "Meu mestre é o maior de todos. Ele pode voar, pode caminhar sobre a água, pode ficar sem respirar por vinte minutos!" O outro balança a cabeça lentamente e sorri, dizendo: "Oh, seu mestre é de fato notável. Mas o meu é ainda mais: quando ele anda, ele apenas anda. Quando ele fala, ele apenas fala. Quando ele come, ele apenas come". Um dos mestre tinha "poderes" mas o outro tinha poder. Os poderes são desejados somente por aquela parte de nosso interior que se sente impotente. Considerando o tamanho respeitável do labirinto do ego, para a maioria, "os poderes" são armadilhas. Milagre maior é estar presente em nossas vidas, capazes de nos abrirmos para o momento, acumulando compaixão e percepção como preciosidades.

Certa manhã, um amigo nosso, mestre Zen, sentado à mesa do desjejum, lia o jornal enquanto comia. Um de seus discípulo, conhecendo a técnica de uma coisa de cada vez, zombou: "Você está comendo e lendo! Como pode estar atento a uma coisa só?!!". Ao que o esperto e prático mestre retrucou: "Quando eu como e leio eu só como e leio". Vá com calma. Se você tiver crianças em casa, pode ser quase impossível fazer uma coisa de cada vez. Neste caso, faça apenas seis coisas de cada vez. Ou, como disse uma mãe ao verificar que a prática seria bastante difícil para ela: "Minha agenda é uma bagunça. Acho que é dia do ventre".

Fazer uma coisa por vez nos ajuda a recordar. Quando você estiver lavando os pratos, ou dirigindo para o trabalho, trocando a roupa do bebê, cavando uma trincheira, cozinhando, fazendo amor, pensando alguns pensamentos, seja o que for, cuide da tarefa em pauta. Vivencie, a cada instante, o corpo, a respiração, os mutáveis estados mentais. Viva "apenas isto" de cada vez.
Se "apenas isto" não for o bastante, nada será o bastante. Cuidar deste "apenas isto" é viver de maneira sagrada.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Devia morrer-se de outra maneira...


sem dor ou lamento,
sem sofrimento,
dignamente...
Devia morrer-se, sempre, com dignidade...

Se procura milagres, não procure o Budismo

  • Se você quer milagres, não procure o Budismo. O supremo milagre para o Budismo é você lavar seu prato depois de comer.
  • Se você quer curar seu corpo físico, não procure o Budismo. O Budismo só cura os males de sua mente: ignorância, cólera e desejos desenfreados.
  • Se você quiser arranjar emprego ou melhorar sua situação financeira, não procure o Budismo. Você se decepcionará, pois ele vai lhe falar sobre desapego em relação aos bens materiais. Não confunda, porém, desapego com renúncia.
  • Se você quer poderes sobrenaturais, não procure o Budismo. Para o Budismo, o maior poder sobrenatural é o triunfo sobre o egoísmo.
  • Se você quer triunfar sobre seus inimigos, não procure o Budismo. Para o Budismo, o único triunfo que conta é o do homem sobre si mesmo.
  • Se você quer a vida eterna em um paraíso de delícias, não procure o Budismo, pois ele matará seu ego aqui e agora.
  • Se você quer massagear seu ego com poder, fama, elogios e outras vantagens, não procure o Budismo. A casa de Buda não é a casa da inflação dos egos.
  • Se você quer a proteção divina, não procure o Budismo. Ele lhe ensinará que você só pode contar consigo mesmo.
  • Se você quer um caminho para Deus, não procure o Budismo. Ele o lançará no vazio.
  • Se você quer alguém que perdoe suas falhas, deixando-o livre para errar de novo, não procure o Budismo, pois ele lhe ensinará a implacável Lei de Causa e Efeito e a necessidade de uma autocrítica consciente e profunda.
  • Se você quer respostas cômodas e fáceis para suas indagações existenciais, não procure o Budismo. Ele aumentará suas dúvidas.
  • Se você quer uma crença cega, não procure o Budismo. Ele o ensinará a pensar com sua própria cabeça.
  • Se você é dos que acham que a verdade está nas escrituras, não procure o Budismo. Ele lhe dirá que o papel é muito útil para limpar o lixo acumulado no intelecto.
  • Se você quer saber a verdade sobre os discos voadores ou sobre a civilização de Atlântida, não procure o Budismo. Ele só revelará a verdade sobre você mesmo.
  • Se você quer se comunicar com espíritos, não procure o Budismo. Ele só pode ensinar você a se comunicar com seu verdadeiro eu.
  • Se você quer conhecer suas encarnações passadas, não procure o Budismo. Ele só pode lhe mostrar sua miséria presente.
  • Se você quer conhecer o futuro, não procure o Budismo. Ele só vai lhe mandar prestar atenção a seus pés, enquanto você anda.
  • Se você quer ouvir palavras bonitas, não procure o Budismo. Ele só tem o silêncio a lhe oferecer.
  • Se você quer ser sério e austero, não procure o Budismo. Ele vai ensiná-lo a brincar e a se divertir.
  • Se você quer brincar e se divertir, não procure o Budismo. Ele o ensinará a ser sério e austero.
  • Se você quer viver, não procure o Budismo, pois ele o ensinará a morrer.
Monja Yvonette

Pearl S. Buck

"O ruído é o meio convencional estabelecido para superar a voz da consciência."

domingo, 27 de março de 2011

Franz Kafka

"Não há necessidade de sair da sala. É suficiente sentar-se à mesa e escutar. Nem sequer é necessário escutar, é só esperar. Nem sequer é preciso esperar, é só aprender a ficar em silêncio. O mundo se oferecerá a você livremente para ser descoberto."

sábado, 26 de março de 2011

Chama-me pelos meus verdadeiros nomes

Não digas que é já amanhã
Que me vou embora,
Pois sabes bem que eu cheguei
Ainda agora...
Olha bem: olha para mim.
Eu sou cada botão de flor,
Que nasce no jardim;
Sou o fraco pipilar do passarinho
Que bate as fracas asas
No aconchego do ninho.
Eu sou como a lagarta dentro da flor,
Pequenina.
Escondida como uma jóia lá longe,
No interior da mina...

Pois eu cheguei agora, p'ra rir com alegria,
E para chorar também.
Sentir medo do mal, sonhar esperança do Bem.
Sentir o coração marcar cada batida
Com a dor do nascer e o alívio do morrer,
No ritmo que é de sempre,
No ritmo que é da Vida.

Eu sou como o insecto que se metamorfoseia
Quase sem sentir no rio sossegado,
Mas sou também a ave que voa caprichosa,
E, mal vê o insecto, já o tem devorado.

Eu sou aquela rã, alegre, a coaxar
Na margem da lagoa. E agora,
Também sou a serpente viscosa, rastejante,
Que num súbito ataque
De repente a devora.

Sou a criança débil nas terras do Uganda
Esquálida e faminta, as pernas, uns caniços
E o ventre dilatado
Caída sobre a terra.

Eu sou o mercador, aquele que tudo manda
Que amontoa fortunas vendendo a cada lado
As armas para a guerra.

Sou a rapariguinha de doze anos só
Que era refugiada.
E se atirou ao mar
Depois de violada.

E sou também aquele que então a violou,
E o Todo Poderoso do grande Politburo.
Aquele que tudo manda, que manda em todo o lado
E sou o infeliz que morre no silêncio
Do louco pandemónio do trabalho forçado.

Vive a minha alegria, cheia de flores a abrir
E vive a minha dor, com lágrimas a cair.
E se a alegria é breve, a dor é de arrasar,
Como uma vaga imensa que transborda no mar...

Chama-me pelo meu nome:
O nome verdadeiro.
Para que eu possa ouvir
E ouvir, o mundo inteiro.
As lágrimas e o riso, a alegria e a dor,
O peso da tristeza
A satisfação do amor.

Chama-me pelo meu nome:
O nome verdadeiro.
Para que eu acorde e abra o coração.
Chama-me pelo meu nome:
O nome verdadeiro
Para que eu possa abrir os olhos. Acordar.
E possa enfim abrir, abrir de par em par,
A porta ainda fechada
Dentro do coração.

Chama-me pelo meu nome:
O nome verdadeiro.
Para que eu possa sentir
Enfim a emoção
De abrir suavemente
A porta à compaixão!

Thich Nhat Hanh

Entre o sono e o sonho


Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre
Esse rio sem fim.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Dois, não!



Para o espírito unido
Nas normas do Caminho,
Acaba toda a luta do espírito mesquinho.
Indecisão e dúvida esbatem-se afinal,
E a vida com a Fé é outra vez real.
Libertamos de um golpe a lei da escravidão,
Sem nada que nos prenda o corpo e o coração;
E tudo fica claro, brilhante, incandescente
Sem nada que detenha o poderio da Mente.
Não tem qualquer valor
Um simples pensamento.
Nem o saber, pensar, ou mesmo o sentimento.
Neste mundo à parte,
Aqui ou mais além,
Onde não há o eu e não existe o outro
Mas onde existe com certeza alguém.
Vivendo de harmonia com tal realidade
Basta dizer, na hora da verdade
Dois, não!
Nada de separar seja lá onde for.
Além do tempo e do espaço, só na sinceridade
E assim no vislumbrar de um simples pensamento
Vivemos cem mil anos. Talvez a eternidade....
                                                   Sengstan, III Patriarca Zen

Simples Delicadeza de Amor

Confortavelmente sentado, deixe que a atenção venha gradualmente até à respiração.
A respiração a entrar e a sair sozinha, profundamente, dentro do corpo.
Espere uns momentos para permitir que a atenção se concentre no ritmo sempre igual da respiração.
Voltando-se suavemente para dentro, comece a dirigir a si próprio sentimentos de delicadeza de amor a respeito de si próprio como se você fosse o seu único filho. Diga silenciosamente no seu coração: "Que eu possa morar no coração. Que eu me possa libertar do sofrimento. Que eu me possa curar. Que eu possa ficar em paz."
Sinta a respiração entrar no espaço do coração enquanto nos dirigimos a nós próprios com misericórdia e amável delicadeza.
Deixe que o coração silenciosamente murmure as palavras de misericórdia que curam, que abrem. "Que eu possa morar no coração. Que eu me possa libertar do sofrimento. Que eu me possa curar. Que eu possa ficar em paz".
Deixe que um desejo de cura se concentre no seu coração.
"Que o meu coração possa florir. Que eu possa conhecer a alegria da minha verdadeira natureza. Que eu me possa curar no íntimo deste momento. Que eu possa ficar em paz".
Repetindo suavemente com cada entrada e saída da respiração dentro do coração: "Que eu possa morar no coração". Com cada ciclo de respiração: "Que eu me possa libertar do sofrimento". Com a respiração seguinte: "Que eu me possa curar". Com a outra respiração: "Que eu possa ficar em paz".
Repita estas palavras lenta e suavemente com cada entrada e saída da respiração. Não como uma oração, mas como um prolongamento de um amável bem-estar para si mesmo.
Repare em tudo o que impede que este amor o atinja, esta misericórdia, este desejo de ser um todo, de se curar.
"Que eu possa morar no coração. Que eu me possa libertar do sofrimento. Que eu me possa curar. Que eu possa ficar em paz".
Continue no ritmo da respiração, com este aprofundar de misericordiosa alegria e amável delicadeza tirada em cada inspiração e expandindo-se em cada expiração.
"Possa o meu coração florescer. Possa eu libertar-me do sofrimento. Possa eu sentir-me completo. Possa eu ficar em paz".
Continue no ritmo da respiração, com este aprofundar de misericordiosa alegria e amável delicadeza tirada em cada inspiração e expandindo-se em cada expiração.
"Possa o meu coração florescer. Possa eu libertar-me do sofrimento. Possa eu sentir-me completo. Possa eu ficar em paz".
Deixe que a respiração penetre em si como uma benção, porue ao aprofundar-se assim ela se exprime.
Embora a princípio isto lhe soe apenas como palavras a ecoarem na mente, continue suavemente, e uma sensação de paciência virá com cada exalação.
Inspirar em calor, exalar paciência.
Espaço para viver, espaço para curar.
"Possa eu morar no coração. Possa eu ficar em paz".
Cada hausto a aprofundar o estimulante calor da união do nosso próprio ser com a amável ternura e compaixão. Cada exalação a aprofundar a paz, a expandir-se no espaço do ser, a desenvolver a profunda paciência que não espera que as coisas sejam diferentes, mas que entrega o suave carinho às coisas como elas são.
"Possa o meu coração florescer. Possa eu libertar-me do sofrimento. Possa eu curar-me. Possa eu ficar em paz".
Deixe penetrar em si a cura em cada inspiração. Deixe-se curar na sua verdadeira e espaçosa natureza.
Continue por mais algumas respirações esta entrada, esta abertura, esta amável ternura. Entregue-se a si mesmo com grande ternura, enviando bem-estar à sua mente e ao seu corpo, abraçando todo o seu ser com estas suaves palavras de cura.

Agora traga à mente alguém por que tenha um sentimento de calor e ternura.
Tendo essa pessoa querida no coração, murmure-lhe em cada inspiração: "Possas tu morar no teu coração. Possas tu libertar-te do sofrimento. Possas tu curar-te. Possas tu ficar em paz".
Chamando-os ao teu coração em cada hausto, "Possas tu morar no teu coração; possa o teu coração florescer".
Com cada inspiração, inundá-los com a tua amável ternura, "Possas tu libertar-te do sofrimento".
Com a inspiração seguinte, traz o seu coração para mais perto do teu, "Possas tu curar-te".
Com a outra expiração envia-lhe um desejo de bem-estar, "Possas tu ficar em paz".
Continua a respirá-lo para dentro do teu coração, murmurando-lhe silenciosamente, para ti, para ele, "Possa o teu coração estar sempre aberto. Possas tu libertar-te do sofrimento. Possas tu curar-te dentro deste momento. Possas tu ficar em paz".
Continua com este suave respirar de união, este suave murmúrio do seu desejo pela sua felicidade, pela sua integridade. Deixe a respiração fazer-se naturalmente, suavemente, docemente no coração, coordenada com as palavras, com os seu pensamentos concentrados de amável ternura e de carinho.
"Possas tu morar em teu coração. Possas tu libertar-te de todos os sofrimentos. Possas tu curar-te sempre que necessites de cura. Possas tu conhecer os mais íntimos níveis da paz".
Envia-lhe o teu amor, a tua compaixão, o teu interesse.
Respirando-o para dentro e através do teu coração.
"Possas tu morar num coração aberto. Possas tu libertar-te de todo o sofrimento. Possas tu curar-te. Possas tu conhecer a tua mais profunda alegria, a tua maior paz".

E ao senti-lo no teu coração, sente  também este mundo inteiro que tanto quer ser curado para conhecer a sua verdadeira natureza, para estar em paz.
E no teu coração, com cada inspiração, com cada exalação murmura: "Possam todos os seres libertar-se do sofrimento. Possam todos os seres ficar em paz".
Deixa que a tua amável ternura chegue até todos os seres como chegou ao ser que te era querido, sentindo todos os seres que necessitam de cura, que necessitam da paz e da sua verdadeira natureza.
"Possam todos os sere ficar em paz. Possam todos os seres curar-se do seu sofrimento".
"Possam todos os seres sensíveis, desde aquele que acabou de nascer, ficar libertos do medo; ficar libertos da dor. Possam todos os seres curar-se na sua verdadeira natureza. Possam todos os seres conhecer a alegria absoluta do absoluto ser".
"Possam todos os seres em toda a parte se curados e íntegros. Possam todos os seres ficar libertos do sofrimento".
O mundo inteiro como uma bolha a flutuar no teu coração, envolta na tua amável ternura.
Cada respiração a chamar esse amor que cura o mundo, que aprofunda a paz que todos procuramos.
Cada respiração a alimentar o mundo com misericórdia e compaixão, com o calor e a paciência que acalma a mente e que abre o coração.
"Possam todos os seres morar em seus corações. Possam todos os seres libertar-se do sofrimento. Possam todos os seres curar-se. Possam todos os seres ficar em paz".
Deixa a respiração entrar suavemente. Deixa a respiração sair calmamente. Desejos de bem-estar e de misericórdia a alargarem-se a este mundo que todos partilhamos.
"Possam todos os seres libertar-se do sofrimento. Possam todos os seres morar no coração da cura".
Possam todos os seres ficar em paz".

quinta-feira, 24 de março de 2011

Sou (?!)

Goradas as expectativas
Insatisfeitos os desejos
Perdidas as ilusões
Despidos os preconceitos...
A alma nua, despojada, vazia...
Cheia de Ser!!!
Amo-me, como te amo
Nem menos e nem mais...
Amo-te quanto me amo
Nesta essência de Ser
Nesta luminosidade
E nesta alegria,
Neste conforto
Do Lar em mim...
Neste prazer de estar comigo
Da mesma forma
Que estou contigo:
- Integralmente, Sou!...