sexta-feira, 25 de março de 2011

Dois, não!



Para o espírito unido
Nas normas do Caminho,
Acaba toda a luta do espírito mesquinho.
Indecisão e dúvida esbatem-se afinal,
E a vida com a Fé é outra vez real.
Libertamos de um golpe a lei da escravidão,
Sem nada que nos prenda o corpo e o coração;
E tudo fica claro, brilhante, incandescente
Sem nada que detenha o poderio da Mente.
Não tem qualquer valor
Um simples pensamento.
Nem o saber, pensar, ou mesmo o sentimento.
Neste mundo à parte,
Aqui ou mais além,
Onde não há o eu e não existe o outro
Mas onde existe com certeza alguém.
Vivendo de harmonia com tal realidade
Basta dizer, na hora da verdade
Dois, não!
Nada de separar seja lá onde for.
Além do tempo e do espaço, só na sinceridade
E assim no vislumbrar de um simples pensamento
Vivemos cem mil anos. Talvez a eternidade....
                                                   Sengstan, III Patriarca Zen

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